Somente no Brasil, a crise econômica já deixou mais de 13 milhões de pessoas desempregadas desde 2014 e, com isso, o percentual de famílias endividadas chegou a 57,1%, em julho deste ano. A informação é da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. Para 76,8% das pessoas, o cartão de crédito foi o principal motivo das dívidas – seguido dos carnês (15,4%) e do crédito pessoal (11%).
O desemprego, a crise e o custo elevado do crédito explicam a dificuldade que, atualmente, a maioria enfrenta para pagar as contas e fechar o mês “no azul”. Entretanto, a falta de gestão do orçamento familiar também implica no endividamento.
De acordo com a PROTESTE, Associação de Consumidores, é possível se livrar das dívidas e fazer com que os gastos caibam dentro da renda mensal. Para isso, algumas medidas devem ser adotadas – não só na crise, mas, principalmente, em momentos difíceis como o que estamos vivendo.
Não pense que a única alternativa para economizar no ALUGUEL é se mudar para um local mais em conta. Se o valor do está salgado, é possível tentar negociar um desconto junto ao proprietário. Alegue que você sempre foi um bom pagador ou, se for o caso, que outros imóveis similares ao que você mora estão mais baratos.
Ter um automóvel sai caro. Fica muito mais em conta usar o TRANSPORTE PÚBLICO. Em alguns casos, andar de táxi ou usar aplicativos de transporte para sair à noite ou quando necessário pode ser mais vantajoso do que ter um automóvel. Mas se você não pode abrir mão do seu veículo, fique atento às formas de economizar no combustível. Quem tem carro flex, por exemplo, deve multiplicar o valor da gasolina por 0,7. Se o resultado for maior em comparação ao preço do álcool, abasteça com esse combustível. Se for menor, prefira a gasolina.
Faça uma lista equivalente à cesta de consumo mensal da sua família. Feito isso, procure pelo SUPERMERCADO que oferece os itens da sua cesta por um preço mais em conta (nós ajudamos você nessa busca em proteste.org.br/supermercados. Além disso, compre produtos específicos nos dias de promoções.
No quesito LAZER, faça passeios que não gerem gastos. Ir ao parque, à praia ou à cachoeira são opções. Também vale levar as crianças para brincar na área de lazer do condomínio. É ainda importante fazer uma conta aproximada de quanto poderá gastar com atividades como cinema e jantares em restaurantes ao mês, e com viagens durante o ano. E, claro, não ultrapasse o limite determinado.
Monte a sua planilha
Para se organizar, não basta fazer uma planilha. Ela precisa ser bem detalhada. Divida-a em habitação (aluguel, luz, condomínio, etc.), alimentação (supermercado, feira, padaria), transporte (pedágios, combustível e condução escolar), saúde (plano e remédios), educação (escola, cursos), lazer (cinema, restaurantes, presentes), despesas pessoais (salão de beleza, vestuário, academia, celular, etc.), tarifas bancárias e poupança e investimentos.
Coloque ao lado de cada um dos itens o custo previsto e o pagamento efetuado. Quando este superar a previsão, anote-o em outra cor para chamar a atenção. Assim, você saberá onde extrapolou e, consequentemente, o que deve controlar com mais cuidado.
Fonte – PROTESTE, Associação de Consumidores