A ansiedade é mais facilmente entendida como sendo vivenciada como uma sensação de apreensão quanto a algum perigo futuro, nem sempre de ser definido. “É mais fácil de ser entendida como sendo derivada de um estado emocional básico – o medo. É uma resposta adaptativa a um perigo imediato, real ou imaginário”, explica o médico psiquiatra Dr. Vladimir Bernik, chefe do Grupo de Psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Dr. Benik acrescenta ainda que a ansiedade visa a proporcionar ao indivíduo uma maior rapidez e probabilidade de sucesso. Pode-se entender, então, que, em níveis baixos ela é resultante do estresse da própria vida, da luta pela sobrevivência, de adaptação à situação de risco. “Pode ser considerada não sendo normal, mas até produtiva, pois instiga a pessoa à luta e a prepara adequadamente para tanto. Mas, quando em níveis elevados, ela chega a ser insuportável e incapacitante, pode invalidar o ansioso”, diz.
A ansiedade em níveis patológicos ocorre em 25% das pessoas que sofrem com ela; e 50% dessas precisam de tratamentos. “Muitas vezes começamos a sentir ansiedade sem um motivo aparente. Quando temos uma nítida correlação causa-efeito, entendemos a ansiedade, mas quando não há causa e a ansiedade vem persistente, ela nos preocupa”, explica Dr. Bernik.
A ansiedade engloba, em seu conceito, alguns estados típicos bem conhecidos e muito divulgados pela mídia. Alguns mais graves, outros menos, alguns de fáceis tratamentos, outros tratamentos mais demorados e sofisticados. A ansiedade generalizada ocorre, costumeiramente, sem grandes motivos, este quase sempre presente, mais fraca ou mais forte, é um tipo flutuante de mal-estar.
O pânico, hoje muito conhecido, é um ataque agudo de ansiedade violenta e de curta duração, que leva o paciente a uma série de exames, já que a sintomatologia é predominante orgânica, mas sem fundo real; já o estresse pós-traumático ocorre sempre após situações de violência (acidentes, assaltos, guerra); e as fobias são medos específicos a sangue e ferimentos, a insetos, a situações de solidão, a lugares abertos ou fechados, alturas, etc.
Sintomas da Ansiedade
Pele pálida
Excesso de suor
Boca seca
Nó na garganta
Cólica, náuseas, alteração de apetite e diarreia
Falta de ar, pressão no peito
Fraqueza, tontura, formigamento, dor de cabeça.
Pensamentos intrusos
Atos repetitivos
Medo, impaciência e irritabilidade.
Fonte: Dr. Vladimir Bernik – médico psiquiatra, chefe do Grupo de Psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz