Há pelo menos dois séculos o Brasil possui instituições voltadas exclusivamente para idosos. As pioneiras Casa dos Inválidos, fundada pelo Conde de Resende, e o Asilo São Luiz para a Velhice Desamparada, ambos no Rio de Janeiro, contribuíram para que o termo asilo fosse associado a algo pejorativo: um local onde idosos carentes e sem suporte familiar são acolhidos por filantropos.
Ao longo dos anos inúmeras outras instituições para idosos surgiram no País e, consequentemente, outros termos foram criados para batizá-las. Mas durante esta evolução histórica, o que sempre se quis foi desvincular ao termo “asilo”.
Além do nome, modelos de atendimento, estrutura, fiscalização entre outros também foram se aperfeiçoando – até chegarmos ao conceito das instituições de longa permanência para idosos (ILPIs). Locais destinados à moradia, permanente ou temporária, para pessoas idosas e que geralmente oferece cuidados de saúde, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e outros serviços.
As ILPIs nasceram no Brasil em 2003, sugeridas pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. O envelhecimento da população e o aumento da sobrevivência de pessoas com incapacidades físicas e mentais obrigaram uma mudança: os asilos deixaram de fazer parte da rede de assistência social ao idoso e passaram a fazer parte da rede de assistência à saúde. Para expressar a nova função híbrida dessas instituições, foi adotado o conceito de ILPIs.
O que observar no processo de escolha de uma ILPI?
Em primeiro lugar, se o idoso ainda tem condições, deve ter papel fundamental no processo de escolha. A família deve decidir com ele sobre a opção e ambos devem concluir que ficar em casa não é mais uma opção. Isso pode acontecer por uma série de motivos, como doenças, familiares trabalhando fora, dificuldade em contratar cuidadores, parte financeira ou mesmo por iniciativa do próprio idoso que se vê só e não quer sobrecarregar seus familiares.
A relação custo x benefício é um dos fatores que devem ser considerados na hora da escolha. No entanto, as instituições mais caras não são necessariamente as melhores.
É preciso avaliar localização, estrutura e o quadro de profissionais.
Outros quesitos são de igual importância, entre eles: o carinho, atenção e a paciência com que são tratados os idosos. Observe como é o relacionamento dos profissionais com os idosos da instituição. Converse com residentes e familiares. Questione como é o tratamento.
Além disso é necessário conferir se a ILPI atende todas os critérios regulatórios.
• Regularidade do cadastro no órgão de Vigilância Sanitária Municipal. Possuir também o AVCB, que é a liberação do corpo de bombeiros para seu funcionamento;
• O número de funcionários em relação ao número de idosos e a diversidade da equipe de profissionais: a ILPI deve contar com medico, enfermeiro, técnicos e auxiliares de enfermagem, cuidadores e nutricionista. O responsável técnico pela instituição deve ter curso superior na área da saúde;
• Os horários para visitação devem ser livres, todos os dias;
• Observar as condições de higiene dos quartos, banheiros, cozinha e áreas comuns;
• A realização de atividades culturais, terapêuticas e de lazer que estimulem a autonomia do idoso;
• O cardápio deve ser elaborado por um nutricionista. A alimentação deve ser variada e suficiente;
• Observar a acessibilidade da edificação.
• A existência de barras de segurança, principalmente nos corredores e banheiros;
• O contrato de prestação de serviços deve ser claro aos responsáveis.
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