O milho é um dos cereais mais cultivados no mundo, além do trigo e do arroz. Sempre foi um alimento importante nas civilizações Maias, Incas e Astecas. Sua utilização na culinária é muito vasta, porém a pipoca atualmente é um dos derivados mais consumidos pelo mundo. Existem aqui na América Latina 5 tipos de milho diferentes: pipoca, duro, dentado, farináceo e doce.
Benefícios da pipoca
Em especial vamos falar sobre o milho pipoca, rico em carboidratos e principalmente fibras. Diante disso pesquisas estão sendo feitas a fim de verificar como a pipoca pode auxiliar na saúde. Estudo realizado na Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, mostrou que a casca do milho (pipoca) contém substâncias como polifenóis, que podem agir como antioxidantes inibindo a ação dos radicais livres no organismo, diminuindo o envelhecimento precoce, riscos de doenças cardíacas e oxidação de colesterol.
Estudiosos chegaram a publicar que a pipoca possui maiores teores de polifenóis do que frutas e verduras. A explicação é que a pipoca possui apenas 4% de água, enquanto que os polifenóis são diluídos nos 90% de água que compõe muitas frutas e verduras. Porém, devemos ter uma opinião crítica a respeito do assunto uma vez que o consumo de vegetais deve ser priorizado na alimentação por serem fontes de vitaminas como a vitamina C (laranja, acerola, morango, maracujá), carotenoides (cenoura, beterraba, manga, abóbora), entre outros nutrientes importantes para manutenção da saúde, principalmente imunológica.
O consumo de pipoca em quantidade moderada pode estar relacionado à perda de peso. Isto porque como ela possui muitas fibras aumentamos o tempo de digestão no estômago levando a uma maior saciedade no indivíduo.
Como consumir
Porém devemos nos atentar ao modo de preparo deste petisco. As mega porções comercializadas nos cinemas ou os pacotes de microondas são recheados de manteiga, gordura vegetal e sal, diminuindo seus benefícios e aumentando suas implicações para um maior risco de doenças crônicas como hipercolesterolemias e hipertensão arterial.
O melhor modo de preparo é colocar em um recipiente o milho, um pouco de água e um pouco de sal. Leve ao fogo ou ao microondas para estoura-las de uma forma mais saudável. Se quiser, ao finalizar o preparo, coloque ervas secas ou frescas como orégano, tomilho ou alecrim, pois a utilização destes temperos diminui a quantidade de sal utilizada.
Não existem estudos que comprovem a eficácia de trocar um jantar ou refeição noturna por uma porção de pipoca para auxiliar no emagrecimento. O ideal é que a dieta seja balanceada em todos os nutrientes a fim de manter uma perda de peso saudável e com real perda de gordura. Dietas restritivas e monótonas são prejudiciais para o organismo, podendo levar a dores de cabeça, desmaios, tonturas, queda de cabelo e unha, ressecamento de pele entre outras implicações.
Em comparação aos aspectos nutricionais verificamos que 100g de milho cozido possui 148 kcal, porém apenas 3,8 gramas de fibra alimentar, enquanto 100g de pipoca (em óleo) possui 448 kcal e 14,4 gramas de fibras, provando que a quantidade de fibras na pipoca é superior a do milho que consumimos em saladas, tortas e na espiga.
Por fim, recomenda-se que o consumo moderado de pipoca – 1 xícara (chá) de pipoca – seja feito, por exemplo, em um lanche da manhã ou da tarde em alguns dias. O objetivo é que a pipoca forneça fibras auxiliando na saciedade entre as principais refeições, além de melhorar o funcionamento intestinal e o controle sérico das gorduras sanguíneas.
Fonte – Sociedade Brasileira de Cardiologia – por Patricia Bertolucci, colaboração da nutricionista Karina Valentim