A Pesquisa Nacional da Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou esta semana que 27 milhões de adultos no país são acometidos por doença crônica na coluna, o que corresponde a 18,5% da população adulta brasileira. Os problemas lombares são os mais comuns, com prevalência maior em 21% das mulheres contra 15% dos homens.
Para o ortopedista Luís Eduardo Carelli, especialista em coluna do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), a incidência de lombalgia na idade adulta pode ser até maior na população adulta com pelo menos um episódio na vida. “Na maioria dos casos, a dor na coluna está relacionada à má postura e a contraturas musculares de rápida resolução. As dores persistentes, relacionadas a doenças mais sérias, são bem menos frequentes na população”, alertou.
O médico explica ainda que a lombalgia é um termo geral usado para descrever qualquer tipo de dor na coluna, mas a consulta com o ortopedista é essencial. “Uma boa conversa e exames físico e de imagem são necessários em alguns casos para confirmar o diagnóstico da causa da lombalgia. A mais comum é de origem muscular por movimentos repetitivos ou por postura inadequada, mas outras causas devem ser investigadas”, afirmou destacando a importância da prevenção com um programa regular de alongamento e exercícios físicos.
O levantamento mostra que a doença crônica de coluna atinge 8,7% dos jovens de 18 a 29 anos e 26,6% das pessoas acima de 60 anos. Em idosos, com mais de 65 anos, as proporções são ainda maiores atingindo 28,9%. Um dos destaques está no fato de que 53,6% das pessoas garantiram fazer tratamento e 40% desse grupo usa medicamentos ou injeções, enquanto 18,9% praticam algum tipo de exercício físico ou fazem fisioterapia.
O resultado indicou ainda que a prevalência foi menor na área urbana do que na rural, com percentuais de 18% e 21,3%, respectivamente. A região Sul foi identificada como a que possui os maiores índices de problemas de coluna, com 23,3% da população.
Fonte – Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into)
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