O mês de junho foi escolhido para falar sobre a doação de sangue. A campanha, Junho Vermelho, criada em junho de 2015 e estendida pelo Ministério da Saúde para todo o país, tem como objetivo incentivar o espírito de solidariedade quanto à doação de sangue, conscientizando a população de que é um ato de amor ao próximo, uma atitude que salva vidas.
Segundo a Dra Marina Aguiar, hematologista da Oncoclínicas Brasília, um dos motivos para a disseminação da ação neste mês é devido à maior escassez nos estoques de sangue. De acordo com ela, há uma diminuição no número durante o mês de junho. “Além da proximidade das férias escolares que levam muitas famílias a viajar, há um aumento da incidência de infecções respiratórias, propiciada pela queda das temperaturas, levando as pessoas a se recolherem, deixando-as menos propensas a sair de casa”, acrescenta a especialista.
Para ela, a campanha, desde o ano passado, se faz ainda mais necessária, uma vez que o mundo se vê acometido pela pandemia da COVID-19, que preconiza o isolamento social, dificultando ainda mais a doação de sangue espontânea. “A consequência são os estoques de sangue em níveis ainda mais deficitários em todos os hemocentros do país e do estado”, pontua.
Por esse motivo todos os hemocentros/bancos de sangue do Brasil buscam o envolvimento de todos, visando não só aumentar o número de doações em junho, como intensificar a cultura da doação de sangue para que o ato aconteça durante todo o ano.
Medidas de segurança
As unidades seguem protocolos rígidos de segurança para evitar a contaminação pelo novo Coronavírus onde as doações de sangue são realizadas. As orientações preveem, sobretudo, o agendamento das doações, para evitar qualquer tipo de desconforto para os doadores.
Atentos às recomendações do Ministério da Saúde, os bancos de sangue intensificaram os procedimentos de higienização e prevenção, entre eles: a obrigatoriedade do uso do álcool gel/líquido 70% nas mãos (qualquer doador ou pessoa que entrar nas unidades); só são aceitas caravanas de doadores de, no máximo, 10 pessoas; as salas de espera das unidades, como as de coleta do sangue, foram reorganizadas de forma a garantir um distanciamento mínimo de um metro entre os doadores.
Para a médica hematologista “A pandemia parou o mundo mas não parou a necessidade de transfusão de sangue. Os pacientes com diversas patologias continuam com a mesma necessidade de transfusão para sobreviver” e “casos graves e urgentes, cirurgias de alta complexidade como as cardíacas, os transplantes, as doenças degenerativas, o câncer, entre outras, não podem esperar por uma chamada específica à doação de sangue”.
A especialista lembra que não é preciso conhecer alguém que esteja necessitando de sangue para fazer a doação. Diariamente, em diversos centros de hemoterapia e hospitais, há pessoas precisando de transfusão e é fundamental que o sangue esteja disponível no estoque, já testado e liberado para uso.
Quem pode doar?
Pessoas entre 16 e 69 anos em boas condições gerais de saúde, que pesam acima de 50 kg. Essas pessoas devem ainda possuir estilo de vida saudável e não se expor a situações com risco acrescido para aquisição de doenças infecciosas e sexualmente transmissíveis.
Quem não pode doar?
Há várias situações que impedem a doação de sangue definitiva ou temporariamente. Entre elas, o peso, algumas doenças, medicamentos, gravidez, uso de drogas injetáveis, situações de risco acrescido para doenças infecciosas e sexualmente transmissíveis, ingestão de bebidas alcoólicas.
Doe sangue! Doe vida!
Fonte – Oncoclínicas Brasília