Uma pesquisa clínica brasileira está sendo realizada com 200 pacientes, em São Paulo, e tem por objetivo avaliar se há relação entre hipovitaminose D e síndrome da fragilidade com o período de hospitalização, complicações intra-hospitalares, internação em unidades de terapia intensiva e mortalidade entre idosos com infecção aguda de SARS-Cov2.
Segundo o Dr. Alberto Frisoli, geriatra e professor da UNIFESP, que está à frente da pesquisa, durante o estudo, estão sendo realizados exames para a dosagem de vitamina D e outros exames laboratoriais importantes para avaliação da gravidade da Covid-19, além do acompanhamento dos desfechos clínicos em idosos internados. Os dados serão provenientes do período da internação hospitalar e do acompanhamento destes pacientes até 30 dias após a alta.
A amostra da pesquisa conta com pacientes de ambos os sexos, acima de 60 anos, de qualquer etnia com diagnóstico confirmado de Covid-19. A expectativa é que sejam incluídos 200 pacientes internados no hospital até o término do levantamento em abril de 2021.
Este projeto, que teve início em maio deste ano, foi motivado por dados mundiais preliminares que apontam um maior número de casos e com mais gravidade da Covid-19 em pacientes com deficiência de vitamina D, sobretudo em idosos. “Na faixa etária acima dos 60 anos, é comum a hipovitamose D e a síndrome de fragilidade, esta última é caracterizada por sinais e sintomas como fadiga, dificuldade de deambulação e perda de peso. Estes são fatores que contribuem para desfechos desfavoráveis nessa nova doença e, por isso, decidimos investigar essa relação”, explica Dr. Frisolli.
Fonte – Dr. Alberto Frisoli