Charmosas e às vezes cobiçadas, o formato, a cor e assimetria das pintas podem revelar uma doença grave
Algumas pessoas consideram um charme, outras já não gostam. Alguns têm muitas e outros poucas. Elas podem surgir tanto por influência da genética quanto por exposição à luz ultravioleta. O tipo de pele é também um fator importante para o surgimento dos nevos (do latim, defeito), que são as pintas.
“Os nevos melanocíticos, ou pintas, são tumores benignos que se originam da multiplicação e conglomeração dessas células. Elas estão presentes na pele desde o nascimento, mas nessa fase da vida, a presença de pintas é rara (nevos congênitos). Ao longo dos anos elas se multiplicam e acabam por se tornar visíveis”, exemplifica a oncologista, dra. Carolina Rutkowski.
Apesar de não serem unanimidade entre os gostos, as pintas merecem atenção de todos. Isso porque, elas podem indicar um tipo de câncer de pele, inclusive as pintas de nascença. “Durante a vida embrionária, algumas células se alteram e formam os nevos congênitos, lesões benignas que são popularmente chamadas de ‘pintas de nascença’. O câncer de pele pode, sim, se desenvolver em um nevo congênito. Esse risco varia entre 1 – 5 % ao longo da vida”, explica a oncologista.
Feridas que não cicatrizam, coceira, sensibilidade e mudanças na superfície da pinta também são alertas de risco que devem ser examinados juntamente com o médico. Também é possível realizar o autoexame po meio da regra do ABCD, divulgada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que ensina a identificar as alterações nas pintas de um jeito simples: Assimetria, Bordas irregulares, Cores não uniformes e aumento no Diâmetro das marcas.
Quem possui muitas pintas e manchas é aconselhável procurar um dermatologista frequentemente para verificá-las. “Quanto mais cedo identificado o problema, maiores são as chances de cura. Por isso, é aconselhado fazer uma biópsia sempre que houver suspeita”, afirma a oncologista.
As formas de proteção incluem o uso de protetor solar todos os dias do ano. A dra. Carolina Rutkowski diz que não só a pinta, mas o corpo em geral precisa de proteção contra a radiação ultravioleta, inclusive nos dias nublados, quando até 80% dos raios UV chegam à Terra. “Para atuar de forma eficaz, o filtro solar deve ser usado 15 a 30 minutos antes da exposição ao ar livre, em quantidade adequada, e replicado a cada duas horas”, conclui.
Fonte – Oncomed-BH, clínica especializada na prevenção e no tratamento das doenças neoplásicas