Durante o Summit Imoboliário Brasil 2016, evento organizado pelo jornal Estado de São Paulo – o Estadão, com o objetivo de debater o momento e refletir sobre o futuro do setor imobiliário, um dos principais setores de nossa economia, o palestrante Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR), lançou desafios aos mais de 500 participantes do evento: “O setor imobiliário está dormindo no ponto sem perceber que nas próximas décadas o único segmento da população que irá crescer (muitos com dinheiro no bolso) é o de 50 anos e mais… insistindo em apartamentos e residências para famílias que já não se fabricam mais”.
Em sua apresentação, “O envelhecimento da população e seus impactos no mercado imobiliário”, no Painel Tendências: as novas maneiras de morar, Alexandre Kalache abordou os reflexos da Revolução da Longevidade na vida social, em nossa época, quando “estamos vivendo 30 anos mais do que nossos avós e nossos filhos e netos viverão ainda mais”, disse.
Muitos não querem mais viver em suas residências – ora muito grandes, ora necessitando de reformas, ou por quererem finalmente ir viver em algum lugar sempre desejado, mas inconciliável com seus locais de trabalho ou imperativos familiares. Daí ter Kalache analisado as tendências atuais para moradias voltadas a pessoas idosas, como condomínios projetados para idosos – os retirement villages, na nomenclatura de língua inglesa, hospitais e clínicas de saúde mais adequados a seus usuários de 50 +, instituições de longa permanência para pessoas idosas, planejamento urbano voltado para uma população que envelhece tão rapidamente entre outras oportunidades para o setor imobiliário.
Kalache lançou ainda mais um desafio para o setor: “olhem para o mercado, ofereçam produtos que atraiam este imenso mercado negligenciado. E façam uma pesquisa de mercado para saber melhor como os baby boomers querem viver sua velhice”.
Fonte – Estadão