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O turbilhão das mulheres 50+ entra na pauta

O recém-criado projeto “Mulheres50mais” promoveu seu primeiro encontro para discutir as questões relacionadas à vida feminina após os 50 anos, O debate, realizado na quinta-feira (30/03), em um restaurante em Laranjeiras, na zona sul do Rio, teve como tema “Cheguei aos 50. E agora?”. Contou com a participação da professora de Educação Física Stela Torreão e da ginecologista Fernanda Couto, e com a mediação da jornalista Angelina Nunes, ganhadora de prêmios nacionais e internacionais de jornalismo, entre eles o Esso, e uma das sete jornalistas à frente do projeto.

A médica Fernanda Couto ressaltou que a “a transição entre a vida adulta e a velhice”, característica de quem passou dos 50, não é discutida na sociedade de forma suficiente. “Fala-se muito da adolescência, da fase adulta; e pula-se direto para a velhice”, diz. “Não se fala sobre o que sentimos, o que pensamos e o que as mulheres querem nessa fase da vida.”

A professora Stela Torreão, que comanda um programa específico para pessoas com mais de 50 anos em sua academia, ressalta que esse período traz para a mulher uma implosão de hormônios, de grande repercussão para ela. “É como se corpo da gente tivesse um colapso. É uma implosão de hormônios. Um momento bem diferente de quando, adolescentes, tivemos a primeira menstruação, com os hormônios chegando com força total. Agora não, eles implodem, bagunçam tudo. E é nesse turbilhão que a gente percebe que precisa olhar para dentro de si mesma, se organizar e mudar hábitos, se cuidar”.

O projeto Mulheres50mais pretende discutir as transformações inerentes a essa etapa da vida da mulher, por meio da internet e de encontros presenciais. “A ideia é que mulheres possam ter acesso a mais informações e esclarecer suas dúvidas com profissionais que têm muito a dizer sobre essa fase”, explica Regina Eleutério, uma das idealizadoras da iniciativa, com mais de 20 anos de experiência em redações de grandes veículos (O Globo, TV Globo, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil, CBN).

Além das duas jornalistas citadas acima, também fazem parte do projeto Elvira Lobato, 39 anos de imprensa, 27 deles na Folha de S.Paulo, autora do livro “Instinto de Repórter” e também ganhadora de um Prêmio Esso de Jornalismo; Raquel Almeida, pós-graduada em marketing na Coppead-UFRJ e mestranda do LabJor Unicamp, onde estuda os novos rumos do jornalismo, e que já ganhou no Brasil Digital (BRIO 2013) prêmio pelo desenvolvimento do app de mobilidade Vai Rio; Cristina Alves, editora de Economia de O Globo entre 2007 e 2014; Ana Lúcia Araújo, formada em Letras pela UFRJ, que atuou como repórter fotográfica e editora de fotografia, hoje dá aulas e cursa mestrado em Políticas Públicas e Formação Humana na Uerj; e Cláudia Lima, ganhadora do Prêmio Líbero Badaró 1998, com a série “Morte em nome da Lei”, autora do livro “O Inca Voluntário e suas histórias: a força da solidariedade”.
Quer saber mais sobre o universo feminino após os 50? Visite o site www.mulheres50mais.com.br
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