O Reino Unido figura nos rankings internacionais como um dos melhores lugares para envelhecer. Mas nenhuma das suas cidades se esforça tanto para ser amiga dos idosos como Manchester. A filosofia parece ter contaminado toda a cidade.
As grandes cidades do Reino Unido buscam encontrar formas de dar voz aos residentes mais velhos. Nenhuma como Manchester: desde o início do século desenvolve uma estratégia de valorização dos idosos que passa por ouvir a opinião de pessoas e de levar essas opiniões em conta na hora de tomar decisões.
A Câmara local solicita que pessoas, grupos ou organizações apresentem ideias – grandes ou pequenas – para tornar a cidade mais amiga dos idosos. Um Comitê de Idosos reúne-se a cada seis semanas para escrutinar planos e políticas públicas; há idosos sentados em todos os grupos de trabalho criados para desenvolver a estratégia “Manchester amiga dos idosos”; um Fórum de Idosos reúne-se duas vezes por ano para debater problemas e soluções com os políticos: e há cerca de 140 “campeões”, isto é, idosos que funcionam como intermediários entre as comunidades e as entidades culturais.
Manchester é uma espécie de farol da rede internacional de cidades amigas dos idosos, lançada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2010, porventura a primeira política global para o envelhecimento em meio urbano – baseada numa lista de verificação de espaços exteriores e edifícios, transportes públicos, habitação, participação social, respeito e inclusão social, participação cívica e emprego, comunicação e informação, serviços de apoio comunitário e de saúde. Integrou o grupo fundador e coordena a rede no Reino Unido.
Fonte – www.publico.pt por Ana Cristina Pereira