A correria do dia a dia, as pressões para alcançar metas no trabalho e as preocupações com pais, filhos e amigos são alguns pontos que podem gerar a sensação de estresse e, consequentemente, você se sente cansado, desanimado e desestimulado.
Mas quando o estresse deve se tornar motivo de preocupação?
Segundo especialistas, ninguém fica doente de uma hora para outra. Assim, é fundamental entender alguns pequenos sinais enviados pelo corpo, tais como dificuldade para dormir, alteração do humor, problemas para se concentrar e, ainda, os mais graves: casos de crise de ansiedade e depressão.
Adotar novos hábitos certamente contribuirá para reverter o quadro.
Entre episódios que geram estresse estão mudança de casa, perda de um ente querido, doença séria na família, entrada em um novo emprego ou perda do emprego, falta de dinheiro ou até mesmo um acontecimento feliz como férias e comemoração de alguma data importante. Mas, apesar de muito comum, estar estressado não é motivo para pânico. Afinal, todo mundo passa por situações complicadas no dia a dia. O problema é quando o estresse se torna excessivo e permanente.
Segundo o psiquiatra Sander Fridman, “o estresse se torna negativo quando a recuperação do esforço ou do enfrentamento de uma situação exige muito tempo, o que pode levar à exaustão. A excessiva cobrança para se realizar atividades em tempo recorde, por exemplo, pode gerar problemas. Sobretudo em momentos onde estejam ocorrendo mudanças acentuadas e relacionadas às rotinas”.
O estresse pode acarretar o aparecimento de doenças. Entretanto, essa experiência pode variar em decorrência da personalidade, da história pessoal, dos valores e representações, e do tipo ou evocação relacionada a uma situação vivida.
Os sintomas podem expressar o estresse excessivo, de difícil assimilação, pelo conjunto , biológico e psicossocial do indivíduo, bem como pelas lesões por esforços repetitivos, no adoecimento decorrente de estresses pós-traumáticos, ansiedade, sintomas obsessivo-compulsivos e doenças psicossomáticas como a hipertensão, asma, epilepsia, úlcera, gastrite e reumatismos. “Para conviver bem com o problema, é necessário aprender sobre os seus limites físicos e psicossociais, assim como respeitá-los e ampliá-los” aconselha Fridman.
E como reagir? Procure escapar de situações estressantes, indo para um local silencioso, concentrando-se ou respirando profundamente. Pense também separadamente em seus problemas, e em apenas um por vez. Procure ainda se dedicar a uma atividade simples que dê prazer, como ler um livro, encontrar amigos ou se dedicar a um curso. Por fim, pratique sempre atividades físicas.
A boa alimentação também é fundamental. Segundo Lúcia Flávia Carpilovsky, endocrinologista do Hospital Silvestre, “a alimentação tem reflexos em todo o organismo. Alguns alimentos podem auxiliar na manutenção da memória, aumentar o bem-estar e a disposição, seja pelo aumento da energia disponível ou pelo aumento da disponibilidade de neurotransmissores ligados ao prazer”.
A endocrinologista lembra que alguns dias são corridos e as pessoas deixam de se alimentar corretamente, pulando refeições ou optando por consumir lanches ou biscoitos. “Nesses casos, a saúde acaba prejudicada, contribuindo para o aumento do estresse e do cansaço. Alimentos ricos em gordura sofrem uma digestão mais lenta, podendo aumentar o cansaço e o sno. Alimentos como frutas cítricas, que são ricas em vitamina C, ajudam no bom humor, na sensação de bem-estar e de vigor. Além delas, auxiliam nesse processo frutas oleaginosas, tais como nozes, castanhas e amêndoas, ricas em selênio, fáceis de serem armazenadas e consumidas nos atuais dias corridos.
Fonte –ABRE – Associação Brasileira dos Profissionais Liberais, Representantes Comerciais e Empresarias