Curso da Vida – Prepare-se para viver melhor

Como viver uma vida longa e feliz

Shigeaki Hinohara nasceu em 1911, hoje, com 104 anos é o médico e educador mais idosos do mundo ainda exercendo a sua profissão. O seu toque mágico é famoso. Desde 1941 ele vem curando pacientes no Hospital Internacional São Lucas, em Tóquio, e lecionando na Faculdade de Enfermagem São Lucas.

Com muitos livros publicados desde que completou 75 anos, entre eles, “Vida Longa, Vida Boa”, que vendeu mais de 1.2 milhões de cópias, Hinohara, fundador do Novo Movimento dos Idosos, encoraja as pessoas a levar uma vida longa e feliz, uma tarefa em que ele mesmo é um modelo a ser seguido.

Aqui estão as principais sugestões do Dr. Shigeaki Hinohara:

* A energia vem do nosso bem-estar e não de comer bem ou dormir muito. Todos nós nos lembramos de quando éramos crianças, quando estávamos nos divertindo, muitas vezes esquecíamo-nos de comer ou de dormir. Eu acredito que podemos conservar essa mesma atitude depois de adultos. É melhor não cansar o corpo com tantas regras, como horário para comer e dormir.

* Todas as pessoas que vivem muito, independentemente de nacionalidade, etnia ou gênero, têm uma coisa em comum: não estão acima do peso. No café da manhã, eu bebo café, um copo de leite e um pouco de suco de laranja com uma colher de sopa de azeite de oliva diluído. O azeite de oliva é excelente para as artérias e mantém a pele saudável. O almoço é leite e alguns biscoitos. Ou nada, se eu estiver muito ocupado para comer. Eu nunca sinto fome porque fico muito focado no trabalho. Para o jantar, como verduras, um pouco de peixe e arroz e, duas vezes por semana, 100g de carne magra.

* Planeje sempre. Minha agenda já está lotada até 2014, com palestras e meu trabalho normal no hospital. Em 2016 eu vou me divertir um pouco, pois planejo assistir às Olimpíadas de Tóquio!

* Não existe necessidade de se aposentar. Porém, se houver, deve ser bem depois dos 65 anos. A idade de aposentadoria atual foi fixada em 65 anos há meio século, quando a expectativa de vida no Japão era de 68 anos e havia apenas 125 japoneses com mais de 100 anos. Hoje, no Japão, as mulheres aalcançam 86 anos e os homens, 80, e temos 36.000 centenários no país. Dentro de 20 anos, teremos cerca de 50.000 pessoas com mais de 100 anos.

* Compartilhe o que você sabe. Eu dou 150 palestras por ano, algumas para 100 crianças do Ensino Básico, outras 4.500 executivos. Eu normalmente falo durante 60 a 90 minutos em pé, para manter-me forte.

* Quando um médico lhe recomendar certos exames ou cirurgias, pergunte-lhe se ele faria a mesma sugestão ao seu cônjuge ou a um filho seu. Ao contrário do que se pensa, médicos não conseguem curar todo o mundo. Então, por que causar dores desnecessárias com cirurgias? Acredito que música e terapia com animais ajudam bem mais do que muitos colegas meus imaginam.

* Para manter-se saudável, prefira sempre as escadas e carregue você mesmo as suas coisas. Eu subo escadas de dois em dois degraus para manter meus músculos em forma.

* Minha inspiração é o poema “Abt Vogler”, de Robert Browning, que meu pai costumava ler para mim. Ele nos encoraja a fazer grande arte, não garranchos. Diz para tentarmos desenhar um círculo tão grande que não haja como terminá-lo enquanto vivermos. Tudo o que vemos é um arco, o resto está além da vista, mas está lá, na distância.

* A dor é algo misterioso, e divertir-se é a melhor maneira de esquecê-la. Se uma criança tem dor de dente e você começar a brincar com ela, ela imediatamente esquecerá a dor. Os hospitais devem atender às necessidades básicas dos pacientes: todos nós queremos nos divertir. No Hospital São Lucas, temos música, terapia com animais e aulas de arte.

* Não tenha como objetivo acumular coisas materiais. Lembre-se que você não sabe quando será chamado o seu número e você não pode levar nada junto para o seu próximo destino.

* A ciência, sozinha, não é capaz de curar e ajudar as pessoas. Ela nos coloca todos juntos, porém, a doença é algo individual. Cada pessoa é única, e as enfermidades estão ligadas aos seus corações. Para conhecer as doenças e poder ajudar as pessoas, necessitamos das artes liberais e visuais, e não apenas das artes médicas.

* Espere alguns incidentes inesperados. A vida é imprevisível, por isso, naturalmente, um monte de vezes coisas inesperadas vão acontecer. Alguns agradável e alguns não muito. Leve as coisas no seu ritmo. Homem é projetado para ser capaz de prosperar e não apenas sobreviver. Faça o máximo de cada situação, há sempre algo a aprender com cada experiência.

* Encontre um modelo e proponha-se a ultrapassá-lo. Defina-se uma meta mais alta que o normal. Você ficaria surpreso com sua capacidade de um objetivo poder impulsioná-lo a níveis mais elevados. Ter um modelo é ter pessoas que podem inspirar você a fazer o seu melhor. Examine seus desafios usando sua perspectiva. Libere o seu potencial interior. Meu pai foi para os Estados Unidos em 1900, para estudar na Duke University, na Carolina do Norte. Ele foi um pioneiro e um dos meus heróis. Mais tarde, encontrei mais guias e, quando não sei o que fazer, eu me pergunto como eles lidariam com o problema.

* Dê uma chance à natureza. Cada doença tem uma cura científica. Mas a ciência tem suas limitações, porque às vezes a doença está na mente e, pior ainda, no coração. Para a verdadeira cura não existe poder maior do que a beleza e abundância da natureza. Seja na forma de um jardim, um animal de estimação ou simplesmente o canto dos pássaros. As necessidades da alma não podem ser prescritos por um médico nem podem ser fornecidas pelo químico. Delicie-se com a arte, a música e a beleza da natureza, porque nós também somos uma parte dela.

* É ótimo ter uma vida longa. Até os 60 anos, trabalhamos para nossa família e para alcançar nossos objetivos. Porém, depois, devemos nos esforçar para contribuir para com a sociedade. Desde os meus 65 anos, dedico 18 horas semanais para trabalhos voluntários, e adoro cada minuto desse tempo.

Fonte – http://hubpages.com/health/How-to-live-a-long-and-happy-life

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