A escolha de uma casa de repouso, também chamada de Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) não é uma tarefa fácil, requer muita pesquisa, visitas aos locais selecionados e o levantamento de toda a infraestrutura existente necessária para o conforto e a segurança do idoso.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2012, há 24,85 milhões de pessoas com 60 anos ou mais no Brasil (12,6% da população). O aumento da população idosa, aliado ao fato de que hoje a maioria das mulheres – antes responsáveis pelos cuidados domésticos e dos familiares mais velhos – está no mercado de trabalho, tem feito surgir muitas novas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).
No Brasil, o número de casas cadastradas é de cerca de 5 mil, segundo dados da Associação das Casas de Repouso para Idosos do Estado de São Paulo (Acresp). No entanto, Claudia Beré, promotora de Justiça do Idoso do MP-SP, alerta que há um alto número de casas clandestinas.
Escolher uma casa de repouso exige tempo e dedicação. Beré considera a proximidade com a residência da família um critério importante, pois visitar o idoso frequentemente ajuda a manter os laços afetivos. “A família que leva um idoso a uma ILPI transfere à entidade apenas o dever de cuidado, mas continua incumbida de dar a ele suporte emocional por meio de visitas, telefonemas e passeios”, diz a promotora.
É recomendável que a família procure referências do local na internet, com parentes de pessoas que moram lá e com os próprios idosos. Conversar com o médico responsável pela casa também é imprescindível. “É muito importante que haja sintonia entre o médico particular do idoso e o da instituição.”
O que observar:
• A regularidade do cadastro no órgão de Vigilância Sanitária Municipal.
• O número de funcionários e o de idosos e a variedade da equipe de profissionais: a casa deve contar com enfermeiro, técnicos e auxiliares de enfermagem, cuidadores e nutricionista. O responsável técnico pela casa deve ter curso superior.
• O horário de visitação (desconfie se ele for restrito).
• As condições de higiene dos quartos, banheiros, cozinha e área comum.
• A realização de atividades culturais, terapêuticas e de lazer que estimulem a autonomia do idoso. “Não é aceitável que o único lazer seja a televisão. Bingo, jogos de tabuleiro e atividades físicas são algumas opções”, sugere Beré, do MP-SP.
• O cardápio, que deve ser elaborado por um nutricionista. A alimentação deve ser variada e suficiente; não é normal que o idoso perca peso.
• A acessibilidade da casa: evite locais com escadas ou com muitos andares.
• A existência de barras de segurança, principalmente nos banheiros.
• O contrato de prestação de serviços, que deve ser claro e o mais informativo possível.
Fonte – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Idec
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