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Finanças e investimentos depois da aposentadoria

O futuro é agora! Pelo menos para as gerações que já curtem a aposentadoria… Eles e elas que trabalharam por anos a fio de suas vidas vivem uma época em que a longevidade esticou um bocadinho. E é por isso mesmo que não podem descuidar de suas finanças. Afinal, depois de vencer a inflação que tomou conta do Brasil por tanto tempo, sustentar a família, pagar contas e impostos, quem é que vai querer se afogar em dívidas?

Segundo o educador financeiro Mauro Calil, a técnica de organização financeira que garante o patrimônio conquistado ao longo dos anos e os rendimentos que ainda entram na conta corrente dos idosos é a mesma em qualquer idade!

“Comece listando seus rendimentos, como aposentadoria, possíveis aluguéis que receba, juros da poupança e suas despesas. Diminuindo as despesas dos rendimentos, o saldo deve ser positivo. Se for negativo, cortes devem ser feitos. Um corte muito comum na terceira idade é mudar-se para um endereço mais econômico. Casa menor significa menos despesas”.

Calil afirma que também nesta fase da vida é importante manter o dinheiro aplicado, mas com muita cautela. “Nessa idade não há mais tempo para ser arrojado nos investimentos. Ao longo dos anos, caso tenha construído uma carteira de ações que paguem dividendos, ela pode ser mantida. No entanto, não se deve começar do zero. O tesouro direto pode ser um bom aliado desde que a lição de casa do planejamento de despesas tenha sido feita. O tesouro direto é bastante conservador e tem rentabilidade líquida final elevada frente aos fundos de renda fixa”.

E no caso das mulheres que recebem pensões ou aposentadorias com valores bem abaixo dos maridos, qual a recomendação? Segundo Calil, a mesma… “Investimento e planejamento financeiro não têm sexo. Dinheiro não distingue as pessoas. Ou você se organiza ou poderá sofrer com um orçamento apertado ou mesmo insuficiente”.

Pois então, vamos exemplificar. Um aposentado que tenha rendimentos no valor de R$ 5 mil mensais. Quanto deve reservar para suas despesas fixas, pessoais, reserva de emergência? O quanto deve ser aplicado? O quanto pode ser gasto em lazer? Enfim, de que forma este valor pode render, acima de tudo, tranquilidade?

“Aposentados devem ser mais conservadores. Ao menos três anos de suas despesas devem estar em renda fixa, e esse é o montante de sua reserva de emergência. Veja que tal reserva também rende juros que, por sua vez, compõem a renda do aposentado. Dos R$ 5 mil, 70% (R$ 3,5 mil) podem ser gastos com suas despesas usuais (moradia, um bom plano de saúde, roupas, alimentação, etc). Considerando que suas reservas estão protegidas da inflação, os outros 30% podem ser gastos com lazer. Caso as reservas não estejam protegidas da inflação, é melhor poupar de 5% a 10% e gastar 20% com lazer. Mas esta é uma regra geral. Os casos individuais devem ser adaptados”, diz o consultor.

Liquidez é outra palavra de ordem quando se trata de finanças na terceira idade. “Sim, é verdade, pois a liquidez é a capacidade de transformar em dinheiro os ativos que temos. Nessa idade, qualquer emergência costuma custar caro e temos pouco tempo”, ressalta Mauro Calil.

Fonte: Adriana Cocco – Site vilamulher.terra.com.br/financas-terceira-idade –

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