Conhecer seus próprios direitos e saber a que órgãos públicos recorrer é essencial para garantir uma melhor qualidade de vida e participação social. No estado do Rio de Janeiro existe o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, que atua de forma a tornar ação possível.
Para falar um pouco do papel desse órgão, entrevistamos a gerontóloga Sandra Rabello, presidente do Conselho. Sandra também é Coordenadora do curso de cuidadores e de Projetos de Extensão da UnATI/UERJ.
Curso da Vida – Qual o papel principal do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa?
Sandra Rabello – O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa é um órgão colegiado, paritário e de controle social, ou seja, se constitui como órgão fiscalizador das políticas públicas destinada a garantir direitos sociais das pessoas idosas em nosso país.
CV – Garantir a qualidade de vida do idoso perpassa a garantia dos direitos. É possível dizer que avançamos nessa questão?
Sandra – A implementação das politicas públicas incidirá em qualidade de vida, defesa, respeito e dignidade das pessoas idosas.
CV – A visão sobre como a pessoa envelhece é diferente nos dias de hoje? Há uma conscientização sobre o crescimento dessa parcela da população?
Sandra – O envelhecimento nos últimos anos no Brasil passou por várias transformações em decorrência da promulgação de algumas politicas de direitos. No entanto a população ainda não despertou para o processo de envelhecimento e não conhece algumas leis que garantem respeito e dignidade a pessoa idosa
CV – Que olhar que a sociedade e o poder público precisam ter para com esse aumento da longevidade?
Sandra – O olhar que a sociedade deve ter para o processo de envelhecimento deve estar na perspectiva de que envelhecer é natural e que respeitar os idosos é sinônimo de avanço social. Já o poder público deve promover o envelhecimento através de uma agenda onde os idosos possam contar com a saúde, assistência social e proteção do Estado sempre que se fizer necessário.
CV – Como alcançar esse envelhecimento ativo, com participação social? O que está sendo feito para isso?
Sandra – Envelhecer bem é participar ativamente do movimento da sociedade, desfrutando de programas de implemento à saúde, ao lazer e à convivência familiar e comunitária.