Curso da Vida – Prepare-se para viver melhor

Brasil x Suécia – temos que empatar esse jogo

Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), hoje, 10,8% da população brasileira é composta de idosos. Estima-se que em 2060 esse percentual cresça para 26,7% do total de brasileiros.

Alguns fatores contribuem para isso: o aumento da perspectiva de vida em nosso país e a taxa de fecundidade dos últimos 50 anos, que passou de 6,2 filhos nos anos 1960 para 1,77 (estimativa) em 2013. Com olho no crescimento da população idosa, o governo federal vem estabelecendo políticas que ajudam a melhorar a qualidade de vida desse grupo. O Pacto pela Vida, de 2006, propôs explicitamente a questão do ciclo do envelhecimento como um tema fundamental na área de saúde e o Estatuto do Idoso, de 2003, assegura, por exemplo, o tratamento de saúde e a assistência de um salário-mínimo para todo idoso que esteja na linha de pobreza.

Foram esses avanços que colocaram o Brasil na 31ª posição no ranking dos países que oferecem melhor qualidade de vida e bem-estar a pessoas com mais de 60 anos, segundo o Global AgeWatch Index 2013, da organização não-governamental Help Age International, que luta pelos direitos dos idosos. Os indicadores consideraram quatro áreas-chave: garantia de renda, saúde, emprego e educação e ambiente social. O Brasil teve o seu melhor desempenho na categoria garantia de renda, em que ocupou a 12ª posição, graças às transferências de renda implementadas pelo governo brasileiro, como forma de reduzir a desigualdade social. No entanto, no quesito emprego e educação para pessoas entre 55 e 64 anos empregadas, e o grau de instrução dos idosos, o País teve o seu pior desempenho, ficando em 68º lugar. Já nas categorias saúde e ambiente social, o obteve as 41ª e 40ª colocações, respectivamente.

No topo do ranking Global AgeWatch Index está a Suécia, eleita o melhor lugar no mundo para envelhecer. Lá, os idosos têm garantido uma aposentadoria digna e saúde pública de qualidade. Graças a parcerias do governo com empresas privadas, a população idosa sueca tem, gratuitamente ou a um custo baixo, benefícios como serviços de cuidadores, entrega de refeições em casa, instalação de alarmes para emergências, táxi para os que já não conseguem mais utilizar transporte coletivo e até mesmo auxílio em atividades básicas do cotidiano, como fazer compras, lavar roupa, limpar a casa ou trocar uma simples lâmpada. Trata-se do primeiro indicador que mede a qualidade de vida dos idosos em 91 países, de todos os continentes.

Como publicado na revista Veja, “o prodígio se deve à rara combinação entre rigor no uso das finanças públicas e ousadia no âmbito das iniciativas sociais. O país foi pioneiro, por exemplo, na criação de um sistema universal de aposentadoria, em 1913, e a rainha Silvia fundou, há dezoito anos, uma instituição voltada exclusivamente para idosos com demência, que hoje é referência internacional. No plano privado, um destaque recente é o primeiro asilo do mundo para gays e lésbicas, inaugurado em novembro passado.”

No dia  que conseguirmos, ao menos, empatar com a Suécia nesse quesito podemos considerar esse “jogo” ganho.

Fonte: Agência Brasil – Site Portal Brasil / Revista Veja (17/09/14)

Veja Produtos e Serviços

Exit mobile version